segunda-feira, 10 de junho de 2013

Jornalismo Cívico


O jornalismo cívico refere-se a uma aproximação entre os media e a comunidade.  O movimento procura inserir o jornalista e a sua audiência nos processos políticos e sociais, em detrimento da mera condição de espectadores de factos.
O conceito nasceu na década de 90, nos EUA, com o objectivo de conferir novamente credibilidade aos jornais americanos perante a sociedade. A revolução iniciou-se devido à desconfiança gerada em relação aos meios de comunicação de massa durante as eleições. 
Da Colômbia à Finlândia, do Senegal à Dinamarca, essa filosofia/noção/prática nasce dentro das salas de redacção de meios tradicionais de comunicação, veículos que, em maior ou menor grau, encontravam-se com perda de credibilidade e, quase por consequência, queda na circulação. (Lima, Marcus: 2)
O movimento, liderado por jornalistas, professores e profissionais dos media, tentou demonstrar e questionar, através de projectos, conceitos fundamentais do jornalismo e propor uma nova atitude de relacionamento com a audiência. 
O jornalismo público não é um novo jornalismo, mas uma forma de cumprir mais fundamentada, participativa, voltada para o interesse do cidadão.
           
A importância do papel activo das faculdades na formação dos jovens jornalistas

O jornalista apresenta um crucial papel de socialização, pelo que torna-se importante reflectir sobre novas formas de abordar a actualidade.
“Também os professores dos cursos de jornalismo precisam compreender esse papel, deixando de lado o treinamento de profissionais que visem atender as exigências organizacionais das empresas de informação, o que contribui para a precarização do trabalho e a pouca qualidade e utilidade dos conteúdos produzidos”.(Lima, Marcus:2)
Embora as iniciativas de jornalismo cívico apresentem as características mais diversas, variando de empresa para empresa, três tipos de iniciativas têm sido descritas, pelos teóricos, como as principais acções nesse sentido: iniciativas que visam a maior participação nos processos eleitorais e nas decisões de políticas públicas; produção de séries de reportagens especiais, a partir de um maior entrosamento dos jornalistas com os cidadãos; esforços para tornar as práticas de jornalismo cívico como essenciais para as rotinas produtivas de selecção, produção e avaliação do trabalho jornalístico mais amplo. (Lima, Marcus:5)
Todos estes princípios provocam uma reestruturação da redacção, implicando delegar autoridade e gerenciamento de baixo para cima.
Reestruturar a sala de redacção em um modelo organizacional baseado em
“círculos” substitui o modelo tradicional do controlo e do comando por um modelo baseado no “gerenciamento participativo”. As reuniões são abertas e sugestões não são apenas bem-vindas como esperadas, desde ideias para reportagens até o compartilhamento de decisões administrativas. (Lima Marcus: 7)


O Comunicado da Blitz

Um novo renascimento... A próxima edição da BLITZ é a última em formato de revista. A aposta incidirá, de ora em diante, nos conte...