Abstract

Som à Letra

Um media digital cívico

Resumo

O Som à Letra nasceu a 18 de Setembro de 2009, com o compromisso de informar, entreter e ensinar. O ciberjornal foi crescendo e criando o seu microcosmos internauta, sempre à base de voluntários durante três anos.

Em 2013 decidiu-se dar um novo rumo editorial ao projeto, reforçando a responsabilidade social na sua atividade, nascendo a vertente som cívico.

No presente estudo pretendemos dar a conhecer a história de um media digital que vê o seu percurso ligado a uma associação marcada pela cultura e civismo (IncluSom), procurando-se, assim, reinventar o jornalismo com base nos princípios do empreendedorismo social.

Palavras-chave: Jornalismo empreendedor, Empreendedorismo social, Jornalismo Cívico, Redes sociais

Jornalismo Cívico

O jornalismo cívico refere-se a uma aproximação entre os media e a comunidade.  O movimento procura inserir o jornalista e a sua audiência nos processos políticos e sociais, em detrimento da mera condição de espectadores de factos.

O conceito nasceu na década de 90, nos EUA, com o objectivo de conferir novamente credibilidade aos jornais americanos perante a sociedade. A revolução iniciou-se devido à desconfiança gerada em relação aos meios de comunicação de massa durante as eleições. 
Da Colômbia à Finlândia, do Senegal à Dinamarca, essa filosofia/noção/prática nasce dentro das salas de redacção de meios tradicionais de comunicação, veículos que, em maior ou menor grau, encontravam-se com perda de credibilidade e, quase por consequência, queda na circulação. (Lima, Marcus: 2)

O movimento, liderado por jornalistas, professores e profissionais dos media, tentou demonstrar e questionar, através de projectos, conceitos fundamentais do jornalismo e propor uma nova atitude de relacionamento com a audiência. 

O jornalismo público não é um novo jornalismo, mas uma forma de cumprir mais fundamentada, participativa, voltada para o interesse do cidadão.

           

A importância do papel activo das faculdades na formação dos jovens jornalistas

O jornalista apresenta um crucial papel de socialização, pelo que torna-se importante reflectir sobre novas formas de abordar a actualidade.

“Também os professores dos cursos de jornalismo precisam compreender esse papel, deixando de lado o treinamento de profissionais que visem atender as exigências organizacionais das empresas de informação, o que contribui para a precarização do trabalho e a pouca qualidade e utilidade dos conteúdos produzidos”.(Lima, Marcus:2)

Embora as iniciativas de jornalismo cívico apresentem as características mais diversas, variando de empresa para empresa, três tipos de iniciativas têm sido descritas, pelos teóricos, como as principais acções nesse sentido: iniciativas que visam a maior participação nos processos eleitorais e nas decisões de políticas públicas; produção de séries de reportagens especiais, a partir de um maior entrosamento dos jornalistas com os cidadãos; esforços para tornar as práticas de jornalismo cívico como essenciais para as rotinas produtivas de selecção, produção e avaliação do trabalho jornalístico mais amplo. (Lima, Marcus:5)

Todos estes princípios provocam uma reestruturação da redacção, implicando delegar autoridade e gerenciamento de baixo para cima.

Reestruturar a sala de redacção em um modelo organizacional baseado em

“círculos” substitui o modelo tradicional do controlo e do comando por um modelo baseado no “gerenciamento participativo”. As reuniões são abertas e sugestões não são apenas bem-vindas como esperadas, desde ideias para reportagens até o compartilhamento de decisões administrativas. (Lima Marcus: 7)

Presença do Som à letra no IJUP 2013

Som à Letra
A Civic Digital Media

I. Leite 1
1 Department of communication sciences, Faculty of Engineering, University of Porto, Portugal.

Journalism lives times of crisis. The RTP is in the process of being privatized, Lusa will suffer huge cuts in state support, and journalists from Publico will see their salary reduced dramatically. Unemployment for journalists (both generations) is a reality.
Lusa, for instance, lives difficult times. A group of workers from different organizations representing employees of the agency delivered at the office of Pedro Passos Coelho, Sao Bento, Lisbon, with a framework document explaining the agency's current situation and the dangers of a reduction in state funding, in particular weakening of Democracy  that this represents, the lower the resulting news coverage"[1]
In what matters for RTP, the concept of public service is questioned, accompanied by a possibility of firing the professionals. “Channel presents new grille and new image for this year of decisions for the future of the company. Advertising investment fell 30% in 2012” [2]
For young people is idyllic or impossible to get jobs in the area, having no alternative but to become entrepreneurs. The difficulties begin, however, self sustaining the respective media
“Som à Letra” was born amid this background of uncertainty on September 18th, 2009, a media that not only informs, but also teaches, entertains and helps readers through it´s projects: “Som Fm, Som TV, Som Civico”. 
Civic journalism “at its heart is a belief that journalism has an obligation to public life - an obligation that goes beyond just telling the news or unloading lots of facts. The way we do our journalism affects the way public life goes. Journalism can help empower a community or it can help disable it. [3]
Som Civico [4] appeared with the main objective of helping communities and associations, without any fait divers or dependence from the Government. Many activities are already being prepared, by Som à Letra`s team.
We hope in this article relate the history of this medium, both in terms of journalism, both in terms of coordination (business model and social responsibility).

References:
[1] Lusa's "recall" that cuts in the agency are "attack on democracy
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Media/Interior.aspx?content_id=2906663, accessed at 10th January 2013
[2] RTP cuts 30 to 40% in the value of the grid http://economico.sapo.pt/noticias/rtp-corta-30-a-40-no-valor-da-grelha_159716.html, accessed at 11th January 2013
[3] Doing Civic Journalism, http://www.pewcenter.org/doingcj/index.html, accessed at 8th January2013
 [4] Som Cívico, https://www.facebook.com/somcivico , accessed at 11th January 2013

O Editorial do Som à Letra: 2013

2013 marca uma nova fase do Som à Letra que ganha contornos de jornalismo civico e responsabilidade social. Deste modo, publicamos o editorial que marca esta nova fase do ciberjornal.

“Torna-te aquilo que és”.
Friedrich Nietzsche

 

 

E se o espirito do live aid se mantivesse para sempre ligado a um media musical que assume responsabilidade social perante a sua audiência? Era muito bom, right?

Por Irene Leite

É o que pretendemos nesta nova fase (atenção que já caminhamos para os quatro anos). A informação musical marcada pela qualidade é reforçada, baseada numa equipa unida e acima de tudo, muito motivada.

Os pontos de desenvolvimento do Som à Letra são claros e simples:

-para além das notícias, reportagens e entrevistas, sair à rua com os seus sets

-sair à rua com festas solidárias

-Lançar um jornal impresso regional (ou suporte de alguma publicação)

-Lançar uma webrádio (Som Fm em 2015)

-Organizar um mini festival (Som Fest)

-Organizar festas de garagem (espirito Som Fm)

Pronto, admito, os desafios são grandes. Mas a causa é ainda maior. Portanto, “no hay caminho, se hace caminho al andar”, pois as quedas são previsíveis, naturalmente. Mas com trabalho tudo se resolve.

Agora, falando a nível musical, o ano ainda mal começou e os festivais já prometem, carago!

Depeche Mode no Optimus Alive é simplesmente brilhante, assim como Blur no Optimus Primavera Sound. Não podemos deixar de admitir que  os Depeche são os verdadeiros “senhores” da synthpop,  desde os anos 80. E sim, sabemos que o senhor Dave se esmera em palco …wow. Retornando a concentração, Damon Albarn , criativo e divertido (não só com os Blur , mas também com os Gorillaz) vai fazer bater muitos corações saudosistas dos anos 90 (aconteceu-me com o Brett. dos Suede…suspiro). Destaque ainda para Two Door Cinema Club, kings of Leon e para muitos eternos adolescentes , os Green Day.

Já para não falar que os Muse vêm certamente encher o estádio do dragão com temas como “Starlight”, “I belong to you” ou “can´t take my eyes of you”.

30 seconds to mars no Marés Vivas…Para Paredes de Coura , Toy  (não o português) já representam uma boa surpresa. E o que virá mais? Fica o mistério…Para o próximo mês aumentamos a lista dos prováveis convidados.

Queremos estar em todo o lado , para lhe informar, mas também dar alegria e conforto a muitas crianças.

Dossier Zappa

E como este é um ano muito especial para Frank Zappa , o Som à Letra vai providenciar mensalmente uma crónica sobre  o mestre da guitarra…e não só, culminando num artigo final a 4 de Dezembro de 2013.

Está connosco?

Pensando bem, não foi a música que ajudou e foi essencial no 25 de Abril , pacificamente, dando origem a uma nova ordem politica, social, e económica?

Mais uma vez, vem connosco e ….contribui?